Muitos executivos fazes escolhas baseados apenas em metas, sem importarem-se com os meios que serão utilizados e as decisões dos mesmos para se atingir essa meta. Esquecem-se de que os meios para atingir essa meta, também sofrem processo decisório. Jamais podemos estar alheios ao fato que ao tomar uma decisão, obrigatoriamente inúmeras outras serão necessárias.
Muitos ao se apoiarem erroneamente no conceito de que as decisões podem esperar, acabam protelando resoluções, que têm que serem feitas naquele espaço de tempo, ocasionando danos, que em muitos casos são até mesmo irreversíveis.
Há executivos que não possuem a preocupação se suas decisões estão corretas, ou se irão futuramente demonstrar que o problema não foi sanado e sim encoberto por algum tempo. Esse tipo de executivo é aquele que não pesquisa, não se inteira do processo vivido, não está apto à planejar.
Muitos aos ficarem protelando decisões ampliam os problemas que poderiam ser corrigidos ou até mesmo serem evitados.
Há inúmeros fatores envolvidos no processo de tomada de decisões, porém podemos destacar alguns que são os principais no desenvolvimento deste processo. Um dos principais é planejar e direcionar suas decisões, organizar, ampliar e também direcionar suas idéias.
As decisões empresariais não são apenas de domínio do administrador, a não ser aquelas que fazem parte de suas qualificações, (que podemos denominar de básicas), fazem parte do dever do administrador apenas as decisões que exijam legitimidade legal, ou seja, a situação em que a responsabilidade pela decisão é sua, por forças legais; aquelas decisões que envolvem valores éticos, ou seja jamais fugir do dever de decidir, mesmo que você não seja obrigado, e a emergência da situação que exige uma decisão urgente e imediata. Todos administradores de empresa tomam decisões indiferente da posição ocupada, pois apesar de seus poderes diferirem, a tomada de decisões é imprescindível.
O administradore de uma empresa são classificados pela hirarquia, quanto mais estiver no topo, maiores e mais importantes serão suas decisões. Ele tem sempre que verificar no que implicará suas decisões na vida de outros.
Em relação ao processo de tomada de decisões há uma linha tênue entre o que se acha correto e o necessário, que não pode ser ultrapassada. Tanto o executivo de alto escalão, quanto o simples funcionário são responsáveis pelas decisões que são cabíveis.
Suas decisões deverão ser ajustadas de acordo com as decisões que os outros tomarão, e com o grau e espécie de cooperação que ele pode esperar decorrentes de sua decisão. Existem também o fato de que as decisões dos outros não precisam ser consideradas, porém há o fato da aceitação dos outros. Um executivo sempre necessita ter dois planos, um visando o lado técnico e outro o lado humano.
Resumindo de uma maneira breve, mais cedo ou mais tarde o tomador de decisões será inevitavelmente afetado por suas decisões, por isso a tomada de decisões deve ser minuciosamente analisada, pois influenciará a todos direto ou indiretamente.
Durante muito tempo, a maioria das pessoas acreditava que o principal método para tomada de decisões era sua habilidade em faze-lo, e isso era demonstrado somente na prática. Acreditava-se que se uma pessoa tivesse capacidade julgamento, ela seria capaz de tomar boas decisões. Essa tese agora muito questionada, porém nosso armazenamento de conhecimento é ainda insuficiente para descartar inteiramente este ponto de vista. Há casos que muitos executivos tomaram decisões de sucesso porém sem saber como chegou à elas
Mesmo se falando tanto em evolução existem executivos que não sabem que métodos utilizam para a tomada de decisões, tem aqueles que nem imaginam como chegaram à elas, outros depois de uma boa noite de sono, e outros seguem os métodos tradicionais, que são a análise, profundo exame, tanto de detalhes como de consciência.
Podemos sempre verificar que o ato de tomar decisões é algo que deve ser metodicamente analisado e projetado, um exemplo é aquele executivo que sabe que chegou a hora de aumentar o salário, porém não decidiu a porcentagem , nem de onde tirar os recursos. Para se tomar boas decisões temos que formar um conjunto real somando capacidade de julgamento, intuição e análise sistemática.
Neste campo, os que são obrigados a tomar decisões agiriam com sabedoria que se equipassem com o volume cada vez maior de técnicas e esforços coletivos de conhecimentos lógicos e quantitativo. Temos também os métodos que são considerados específicos para a tomada de decisões, são eles: Experiência Passada, Experimentação, Pesquisa Operacional e Árvores de Decisões.
Uma área também importante para a tomada de decisões é a Teoria da Probabilidade, onde se usa dispositivos matemáticos para a computação da probabilidade e a idéia lógica da probabilidade em questão ganhando cada vez mais aceitação entre os administradores. Um outro método interessante é o da simulação, onde utilizam gráficos para demonstração de resultados ou situações de operar e como operar.
As regras mais indicadas para a tomada de decisões são:
Tenha sempre em mente que surpresa é imprescindível, reconheça que decisão raramente é um fato isolado, considere o fato de que uma
decisão particular, implica outros fatores, admita a possibilidade de aplicar uma decisão ainda não perfeitamente simulada, saiba distinguir entre as decisões pessoais e profissionais, firme sempre uma posição em termos éticos, assegure – se da fidelidade dos canais de comunicação, nunca considere a rotina de decisões habituais como base para conclusões, seja astuto, evite tomar decisões que não possam ser executadas, a menos que possuam valores laterais
Como podemos perceber, analisando todos fatores anteriores, existe uma metodologia a ser seguida no processo de decisão. O primeiro passo é identificar o problema, a partir dessa identificação analisar e elaborar procedimentos para a tomada de decisões e por fim a decisão em si. Como podemos verificar o processo é simples , porém tem que ser detalhadamente analisado e seus procedimentos elaborados com precisão.
É sempre necessário definir, o problema, e avaliar detalhadamente a viabilidade de alcançar os objetivos, estudando sempre as expectativas favoráveis como desfavoráveis.
Temos sempre que analisar todas as possibilidades, dessa análise verificar a mais viável e aplicar a decisão que consideramos ter o melhor êxito. É no processo decisório que o administrador mostra seus conhecimentos na área decisional, avaliando o grau de risco, a possibilidade de uma surpresa em potencial, mostrando com tudo isso seu poder de avaliação mental. Pois, muitos executivos até identificam o problema, porém não a causa deste e acabam resolvendo algo pela metade, ou mantém a solução por um curto espaço de tempo. O ideal é definir principalmente a causa, pois já “ataca-se o mal pela raiz”.
Existe aqueles , que defendem em um futuro não muito distante a substituição do homem pelo computador, baseados que os computadores substituirá até aqueles que sabem tomar decisões. Não podemos esquecer no entanto que o computador é um auxiliar potente, porém ele multiplica a capacidade do homem, forçando-o a tomar decisões, pois ele possui estreitas limitações.
Este estudo não como base definir regras para a tomada de decisões, mas sim conscientizar que para se tomar uma decisão inúmeros fatores são necessários, e além do mais precisam interagir entre si. Ou seja não adianta identificar um ato isolado, temos que identificar todos e verificar a co-relação entre eles e o problema à ser resolvido.
Por: Francisca Freitas